quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

OBI o fruto sagrado do orisá



OooOOoooOoooooooo                                           





Obi o fruto sagrado dos orisá


Obi = noz - de - cola uma definição que não determina seus vários significados. O obi ao qual nos referimos é originário da África que é a noz do caminho = o odus algo equivalente à noz do destino.
Uma semente pequena que faz parte de todos os rituais promovidos na vida de um ser humano, inclusive axexê ritual fúnebre. O obi é um oráculo complexo e completo, destinado a ritualidade e não à espiritualidade. Ele em si implica em espiritualidade ao comê-lo. Dentro do Ifá o obi representa os quatro pontos cardiais da terra e que tem o poder de gerar o espaço em qualquer circunstância .
Assim jogar o obi é como se o indivíduo estivesse fazendo um exercício corporal, jogando-se ao chão
aleatoriamente para, a partir dai extrair a mensagem de Ifá e determinar como ele mesmo encontra-se
dentro de seu próprio espaço e ambiente sagrado para poder descobrir qual resultado do ritual promovido. É preciso que leve em consideração os odus de Ifá que estão contido dentro desse jogo e,
para encontrá-los, as pessoas especializadas o jogam dentro de uma ritualidade específica.
Somente aqueles que possuem conhecimentos sobre os odus de Ifá conseguem ter uma visão ampla do resultado alcançado. O obi mais comum de ser encontrado é o de quatro partes, embora a consulta 
possa ser feita com obi de duas, três , seis ou com dois obi de quatro partes. Quando o obi é de cinco partes, a quinta é considerada infértil. O que significa que essa  parte do obi deve ser mascada e soprada sobre o "assentamento do orisá" antes de dar continuidade ao ritual de oferecimento do obi
podendo ser oferecido para exú ou iyami. O oráculo obi também conta com tempo e o espaço, alcança a consciência de Olodumare e esclarece sobre os elementos utilizados no ritual, sendo impossível fazer um ritual de obi se o indivíduo que consulta não sabe o significado de outros elementos  como efun, osun e iyerosun , animais e plantas e mesmo o significado do obi, em si, que que aparece como testemunho dos infortúnios da vida, cabendo a ele a responsabilidade de resolver essas questões  a favor dos dos menos afortunados, desde que despertado seu axé adequadamente.
As orações são modos íntimos de comunicação e os oráculos, dentre eles o obi, são usados para estabelecer diálogo entre os devotos e as divindades, os orixás. Se o homem abrir os braços e as pernas, se encontrará dentro do quadro, as pernas aparecem como a foça da estrutura terrestre mantida pela força gravitacional, os braços como elementos que indicam espaços gerado em torno do ritual e a sua ori, cabeça, dividida em quatro, faz referência as quatro partes que compõe o obi .
O quinto elemento extraído do obi, que é o embrião ou bulbo, representa seu sacrifício, sem o qual não poderá ser aceito, assim como a quinta parte, oke-ori, alto da cabeça, estabelece vinculo e a extração da consciência de Olodumare - Orunmila.



Como é mais usado o oráculo do Obi

O obi depois do eko, acaça e água é o elemento mais usados dentro dos rituais. Além de participar como elemento da própria oferenda, a ele  cabe a responsabilidade de indicar o resultado do ebó.
O obi representado num ritual, além de servir de alimento à terra na própria oferenda, serve para dar continuidade a vida e equilíbrio a natureza o que significa a união entre os seres humanos e os orixás.  Normalmente, o obi dos caminhos é usado para obter uma resposta simplificada  do resultado-sim ou não como resposta dos orixás e ancestrais, através de uma simples abordagem de seu ajubo ou
"assentamento".




                               A CRIAÇÃO DO OBI 


                    

                                                 
No dia que Olodumare descobriu que as divindades estavam lutando entre si, antes de ficar esclarecido que Exú era o responsável pela confusão, ele decidiu as quatros divindades mais moderadas que existem: a paz, a prosperidade, concórdia e a vida - unica divindade feminina presente para resolver a questão do desrespeito dos mais jovens  sobre os mais velhos.
Eles rezaram pela união e o equilíbrio de todos. Enquanto rezavam pela harmonia, Olodumare abriu e fechou sua mão direita  e apanhou o ar, e em seguida fechou e abriu sua mão esquerda, e de novo apanhou o ar. Foi para fora e plantou o conteúdo no chão, Olodumare plantou as orações e, no dia seguinte, uma árvore surgiu no lugar era a árvore do obi, que cresceu floresceu e deu frutos. 
Quando os frutos amadureceram começaram a cair no solo. A vida- divindade feminina pegou os frutos e levou para Olodumare e este lhe disse para preparar os frutos do jeito que mais lhe agradasse para comê-los. Primeiro, a Vida  os torrou, eles mudaram de de textura e o gosto ficou muito ruim. No outro dia ela os cozinhou, eles mudaram de cor e não podiam ser comidos, ficaram horríveis.
Enquanto isso paz, e prosperidade  e concórdia fizeram outros experimentos mas todos malsucedidos.
Então elas foram a até Olodumare disseram que era impossível preparar os frutos.Como ninguém descobriu como preparar o obi, a divindade do obstáculo se ofereceu como voluntária, todos os frutos colhido foram entregues a "ele". A divindade do obstáculo partiu a cabaça do obi, retirou os frutos-sementes, lavou e os guardou embrulhados em folhas por 14 dias. Após esse período. "ele" percebeu que os frutos estavam bastantes vigorosos e frescos. Então começou a comê-los cru e viu que não havia problema algum.
A vida levou os frutos para Olodumare disse que os frutos das orações, obi podiam ser ingeridos crus sem qualquer perigo. Olodumare ordenou à divindade dos obstáculos, mais velha divindade de sua casa, descobridora dos segredos dos frutos das orações, avisar que daquele dia em diante os frutos do obi não seriam somente um alimento do céu, mas também que onde fossem apresentados, deveriam ser oferecidos primeiro ao mais velho que estiver sentado no meio do grupo, e que seu consumo fosse sempre precedido de orações. Olodumare decretou também que, como símbolo das orações, a árvore do obi somente cresceria em lugares onde os mais jovens respeitassem os mais velhos. Naquela reunião no céu, Olodumare abriu o primeiro obi que tinha somente duas partes: ele deu uma parte para divindade do obstáculo, a mais antiga presente, o segundo obi tinha três partes, as as quais representavam as três divindades masculinas que fizeram as orações que deram origem ao nascimento da árvore do obi, o terceiro obi tinha quatro partes  e representava a vida, única divindade feminina presente na reunião, o quarto obi tinha cinco partes e representava Orisá´nla, o quinto obi tinha seis partes, foi dividido e distribuído entre todos os participantes da reunião, representando a harmônia e o desejo das orações. A vida levou o obi, para a terra, onde sua presença é marcada por orações e só germina e floresce em comunidades humanas onde existe respeito pelos mais velhos, pela ancestralidade e tradição.























terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

IEMANJÁ


A MÃE  DOS  ORIXÁS  , ESPOSA  DE  ÒRINXALÁ. NO BRASIL É A DEUSA DO MAR DA ÁGUA SALGADA, ENQUANTO NA NIGÉRIA, É A DEUSA DE UM RIO. 

 O cristal representa o seu poder genitor e sua interioridade (filhos contidos  em si mesma). Representa a gestação e a própria criação, em alguns mitos considera-se mulher de Orányàn (descendente de Oduduá e fundador de Oyó), de quem ela concebeu Xangô ancestre dicino da dinastia dos Alafin  de Oyó.
A mãe dos orisá, esposa de Orinxalá. No Brasil é a deusa do mar, da água salgada, enquanto na Nigéria, é a deusa de um rio, e orisá dos Egbá, onde existe o rio  Iemanjá, também a deusa do encontro das água do rio e do mar.
A mais antiga das Iemanjá é Iyá Sagba, que quer dizer, (a mãe que passeia sobre as ondas).
Suas cores são o azul claro, branco e azul claro e o cristal.
Sua saudação, Odoyiá que quer dizer = mãe do rio sábado é o seu dia consagrado, juntamente com outras divindades femininas, seu dia consagrado 2 de fevereiro
Segundo algumas fontes. Orisá dos rios e correntes, especialmente do rio Ogum na África.
Seria filha de Obatalá e Oduduwá, casada com Oranyan, fundador do reina de Oyó, teria sido esposa de Aganjú e com ele teva um filho Orùgan que a violou e dela são descendentes  outros quinze orisá ;
Dadá, Xangô, Ogum, Oyá, Olokun, Obá, Oko, Oke, Saponan, Òrun (sol), Osupá (lua), Ososo, e Ajé Saluga (orisá da riquesa). Seus diversos nomes são relativos aos diferentes lugares profundos
do rio.

  Qualidades:

São sete as mais conhecidas :

1) Iemanjá Ogunté (esposa de Ogum Alagbedé)
2)Iemanjá Saba (a fiadeira de algodão, foi esposa de Orunmilá)
3) Iemanjá Sesu/ Susure (voluntariosa e respeitável mensageira de Olokun)
4)  Iemanjá Tuman / aynu /Lewa.
5) Iemanjá Ataramogba / Iyáku (vive na espuma da ressaca da maré)
6) Iya Masemale / Lamasse (mãe de Xangô)
7) Iyá Awoyó / Lemowo (a mais velha de todas, esposa de Oxalá)











sábado, 21 de fevereiro de 2015

Itan de Xangô

"Xangô" procurava a melhor forma de governar e de aumentar seu prestígio junto ao seu povo, conta-se que, para fortalecer seu poder junto ao seu povo, xangô mandou trazer da terra dos baribas um composto mágico, que acabaria sendo sua perdição. O rei Xangô, que depois seria conhecido pelo  cognome de trovão sempre procurava descobrir novas armas, para com elas conquistar novos territórios. Quando não fazia a guerra, cuidava do seu povo. No palácio recebia a todos e julgava suas pendências, resolvendo disputas, fazendo justiça, nunca se queixava. Um dia mandou sua esposa Oyá ir ao reino vizinho dos baribas e de lá trazer  para ele a tal poção mágica, a respeito da qual ouviria contar maravilhas. Oyá foi e encontrou a mistura mágica, que tratou de transportar numa cabacinha. A viagem de volta era longa, e a curiosidade de Oyá era tanta, que num certo momento, ela provou da poção e achou o gosto ruim, quando cuspiu o gole que tomara, entendeu o poder do poderoso líquido Oyá cuspiu fogo, Xangô ficou entusiasmadíssimo com a nova descoberta. Se ele já era o mais poderoso dos homens, imaginem agora, que poderia botar fogo pela boca. Que inimigo resistiria ? Que povo não se submeteria ? Xangô então passou a testar diferentes maneiras de usar melhor a nova arte que certamente exigia pericia e precisão. Num desses dias, o obá de Oió subiu a uma elevação levando a cabacinha mágica, e lá do alto começou a lançar seus assombrosos jatos de fogo. Os disparos incandescentes atingiam a terra chamuscando árvores, incendiando pastagens, fulminando animais. O povo amedrontado, chamou aquilo de raio. Da fornalha da boca de Xangô, o fogo que jorrava provocava as mais impressionantes explosões . De longe o povo escutava os ruídos assustadores, que acompanhavam as labaredas expelidas por Xangô. Aquele barulho intenso, aquele estrondo fenomenal, que a todos atemorizava e fazia correr, o povo chamou de trovão. Mas, pobre Xangô, a sorte a sorte foi-lhe ingrata. Num daqueles exercícios com a nova arma, obá errou a pontaria e incendiou seu próprio palácio. Do palácio, o fogo foi para o telhado, queimando todas as casas da cidade. Em minutos, a orgulhosa cidade de Oió virou cinzas. Passado o incêndio, os conselheiros do reino se reuniram, e enviaram o ministro Gbaca, um dos mais valentes generais do reino para destruir Xangô. Gbaca chamou Xangô à luta e o venceu, humilhou Xangô e o expulsou da cidade. Para manter-se digno, Xangô foi abrigado a cometer o suicídio. Era esse o costume antigo. Se  uma desgraça se abatia sobre o reino, o rei era sempre considerado o culpado. Os ministros lhe tiravam a coroa e o obrigavam a tirar a própria vida cumprindo a sentença imposta pela tradição. Xangô se retirou para floresta e numa árvore se enfocou. "Obá so! obá so"! " O rei se enforcou", correu a notícia. Mas ninguém encontrou seu corpo e logo correu a notícia, alimentada com fervor pelos seus partidários, que Xangô tinha se transformado num orisá. O rei tinha ido para o Orum, o céu dos orisá. Por todas as partes do império os seguidores de Xangô proclamaram: Obá ko so!, que quer dizer "O rei não se enforcou"! "obá ko so!Obá kossô"! "O rei não se enforcou".






















sábado, 7 de fevereiro de 2015

Historia de OXUM

Quando os orixás viviam na terra Oxum era dotada de uma beleza celestial, por isso era  disputada por todos. Sua beleza era tanta que quando ela chegava  perto de uma flor ainda em botão, a flor desabrochava para que ela a colhesse afim de agradá-la. Exú lhe acompanhava em seus passeios matinais para nada lhe acontecesse, Ogum abria os caminhos, Oxóssi arrumava as matas para Oxum passar, Xangó mandava buquês de lírios, Oxumaré mandava-lhes os potes de ouro, enfim ela era cobiçada por todos os orixás. Assim ela levava a vida, Sempre que era lua cheia ela gostava de tomar banho no rio misturava sua beleza com o clarão da lua, ela soltava seus longos cabelos e ficava a penteá-los por longas horas, aquele lugar ficava embriagado com o perfume que exalava dos seus cabelos. Enquanto penteava os cabelos ela cantava: Ou liro ê Ou liro á Oxum vai se banhar. A lua vem clarear, Oxum vai se banhar. A folha que balança para ela passar. Oxum vai se banhar,!..  E assim Oxum tomava seu banho a cantar deixando todos extasiados com o seu canto maravilhoso. Uma noite Exú esperava Oxum deitado em uma pedra ouvindo aquele canto melodioso  fez com que ele cochilasse. Eruan era uma serpente que morava no fundo do rio, invejosa dos dotes de Oxum deu-lhe uma picada e levou-a para o fundo do rio deixando-a presa e tomou o lugar de Oxum vestiu a sua roupa enfeitou-se com finas raízes encontradas no fundo do rio, fazendo os longos cabelos. Quando Exú acordou do cochilo notou o silencio e foi espiar Oxum, sentiu que tinha algo estranho com ela. Desconfiado falou; Oxum, amanhã você irá a casa da vó Nanã experimentar o ves-  tido da festa de domingo?  Oxum respondeu claro que iremos.Você sabe que vó Nanã acorda bem cedinho. Exú ficou preocupado, pois não havia festa nem roupa para experimentar, Exú levou Eruan para casa de Oxum, já tarde todos dormiam, em seguida voltou para o rio e mergulhou para o fundo procurando Oxum, depois de muito tempo encontrou-a e tirou-a dali e levou-a para casa de Oxóssi que muito assustado procurou socorrê-la dando lhe ervas para reanimá-la. Depois de muito tempo e de muita aflição Oxun voltou a si e Exú contou-lhe o acontecido e foi embora pensando o que teria de  fazer com Erun. quando Erun picou Oxum deixou-a envenenada as pressas Oxóssi consultou Ifá que  disse que ele catasse dezesseis sangue-sugas e as colocasse em Oxum a medida que elas chupassem o sangue seriam mortas e o veneno que estava no sangue de Oxum seria retirado, e muito preocupado Oxóssi fez, porem Oxum perdeu muito sangue ficando muito fraca. Oxóssi levou dias dando leite de cabra para que ela restabelecesse. Enquanto isso Exú procurava um jeito de castigar Eruan; fez amizade com ela e disse que vó Nanã estava adoentada que teriam que em outro dia logo que ela melhorasse e ele teria que tirar cipós de fico para tecer a vestimenta, ela acreditou e foi para a mata tirar os cipós com ele e lá mesmo Exú começou a tecer no pé de um coqueiro os cipós. Assim que estava pronto Exú mandou  Eruan experimentar para ver se o trançado ficara bonito, fazendo-a ela vestir o tecido. Logo que ela experimentou o tecido ainda preso no coqueiro Exú prendeu-a deixando-a imobilizada, ela queixou-se que estava apertado ele disse que era assim mesmo, ele juntou umas palhas secas e tocou fogo em Eruan a serpente invejosa. Voltou Exú  para ver Oxum ainda fraca mas se recuperava. Oxóssi e Oxum se apaixonaram ficaram juntos diz a lenda que Oxóssi é o primeiro marido de Oxum, que é sempre muita grata a Exú pela amizade que ela lhe dedica. No próximo conto Exú vai estar com ela em outra aventura.
















sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

AJÈ SALUGA Orisá da Riqueza e das Grandes Fortunas

Na África é muito cultuada pelas pessoas possuidoras de negócios e comercio. É o orisá da riqueza. Ajè Saluga se espalhou por toda a terra Africana e foi e foi uma mulher que todos gostavam de ouvir falar, pois, falava da antiga sabedoria egípcia com seus mistérios e grande conhecimento dos movimentos e da natureza. A saudação para Ajè Saluga é " Ajè o ajè o " e sua visita a uma casa traz mais desenvolvimento e riqueza a todos da casa, Ajè Saluga além de ser o orisá da riqueza da abundância é também relacionada à saúde. Em ocasiões importantes quando grandes quantidades de dinheiro são gastos é costume (em terras africanas)se dar gritos de " Ajè O, Ajè O" o que implica que tais gastos são possíveis graças à benção da do orisá e tais ocasiões dão uma demonstração concreta de sua generosidade. Encontrar uma grande concha no caminho é considerado um signo de muita boa sorte. Ajè Saluga simboliza para o povo yorubá o poder de ganhar dinheiro para uma vida sem dificuldade e prosperidade extensiva a toda sua família. Quando uma pessoa está em uma situação precária, endividada é aconselhado que assente ou trate de Ajè Saluga. Para que os poderes de Ajè Saluga se sinta, ao se assentar Ajè, o iniciado tem que ter alguns assentamentos já preparados de alguns orisá que são; Esú Obasinjale, Ornmilá, Osonyin, e logicamente seu Igba Ori que deve ficar próximo de Ajè tem que ter Sango ou Orinxala. É por isso que dificilmente se vê um omorisa que tenha essa entidade assentada e o veremos mais assentada para Babalawo ou Babalorisa.
Ajè é um orisá cheio de tabus e que pode perder seu encantamento quando tais tabu não são levados a sério. Um dos mais importantes tabu é que só pode manusear e tratar dos axé de Ajè Saluga a pessoa que a recebeu, sob pena e risco de se perder todo o encantamento quando esse orisá é cuidado por uma pessoa que não é a que recebeu, outro tabu importante é que mulheres não podem por a mão em Ajè Saluga, pois quando isso ocorre perde-se o poder de Ajè uma vez que todas as mulheres têm poder de Yami. Por este motivo não se deve deixar entrar mulheres no ambiente onde vive Ajè, pessoas que não sejam de inteira confiança daquele que tem Ajè.
Ajè Saluga é a filha mais nova de Olokun e também irmã caçula de Yemonjá, Ajè tem o poder sobre as marés, as ressacas, as ondas, e as catástrofes.
Que ocorrem quando o mar invade a terra e destrói o que encontra pela frente.
Olokun teve nove filhas, sendo Yemonjá a mais velha e Ajè Saluga a mais nova das Olokun também dividiu o segredos dos mares com suas nove filhas, mas não deixou que nenhuma soubesse do segredo que a outra sabia e assim nenhuma delas conhece por completo o segredo de Olokun.


O surgimento de Ajè Saluga :

Quando se encontrava no Orun e convivia ao lado de Olodumare, Ajè Saluga o grande caramujo era do sexo feminino e se chamava Aina. Naqueles dias Ifá passava por grandes dificuldades financeira e por ser muito pobre não era convidado a festa alguma.
Aina recém nascida era por demais feia.
Sua aparência terrível fazia com que todos evitassem sua companhia e ninguém aceitava tê-la muito próxima.
Depois de ser rejeitada em todas portas.
Aina bateu a porta de Ifá.
Que apesar de está vivendo uma vida miserável acolheu Aina.
Uma bela noite, Aina acordou Ifá anunciando que estava prestes a vomitar.
Ifá apresentou-lhe uma tigela para que vomitasse, mas ela recusou.
Ifá apresentou-lhe uma cabaça,e novamente ela recusou.
Ifá apresentou uma jarra para Aina vomitar.
E novamente ela recusou.
Ifá disse não sei que vasilha lhe traga para vomitar.
O que devo trazer, ou fazer?
No Orun de onde venho costumava vomitar todos os dia em meu quarto.
Ifá conduziu Aina  a um quarto
Aina começou a vomitar
Vomitava todo tipo de riquezas
Vomitava pedras preciosas
Vomitava pedra preciosas azuis, branca, vermelha de todas as cores
Neste momento passava pela rua algumas daquelas pessoas que desprezaram Aina no passado
Eles entraram na casa de Ifá e perguntaram oque está acontecendo
Ifá respondeu que tratava-se de Aina que estava no quarto com crise de vomito
Uma das pessoas entrou no quarto pra ver oque acontecia
Ele deparou com Aina vomitando pedras preciosas e clamou:
Ajè O Ajè O, ele disse
Nós não conhecíamos os poderes de Aina
E ele disse junto aos outros, estamos dispostos a servir Aina para vida toda.
Ifá entrou no quarto e disse :
Aina a partir desse momento seu nome vai ser Ajè Saluga e seras a guardiã de todas as fortunas e riquezas da terra e do mar e todos que quiserem alcançar a riquezas terão que recorrer a você.
Ajè O Ajè O!..

É o orisá que protege as grandes fortunas, e por isso é adorada por todas as pessoas possuidoras de grandes fortunas. É representada por uma concha grande chamada Ajè e por outras dezesseis menores a sua volta representando a mãe rodeada de sua crias, símbolo da reprodução e multiplicação. Leva também um ota colhido no oceano, vinte e um ide de cobre duzentos e um búzios e muitas moedas. A vasilha continente de seu assentamento pode ser, dependendo do odu que apareça, um alguidar grande e branco, uma uma grande bacia de louça branca ou em uma gamela de madeira branca, mas tudo dependendo do odu da pessoa para quem é assentada. Ajè tem que ter uma representação em três ile: -uma igba  Ajè Saluga que deve ficar no quarto de Osala ou no quarto de Sango tudo dependendo do odu que rege; uma outra representação deve ficar na casa de Esu com assentamento do Esu Obasinlaje ou Esu Odara e finalmente uma representação na casa de Egun, no Ile Ibo Aku.








quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

EXUS e POMBO-GIRAS ANJOS ou DEMÔNIOS

Doutrinados nas leis da Umbanda, os Exus e Pombo-Giras são emissários, elo enter os homens e os Orisá, subordinados às energias superiores, com as leis divinas e estagiam em graus médios da espiritualidade, praticando o bem, caminhando na luz em busca da sua própria evolução. Trilham no astral inferior apenas para combater o mal, desfazem feitiços,  trabalhos de magia negra em pessoas e ambientes; resgatam os espíritos malignos e obsessores  responsáveis  por separação de casais, vício de bebidas e drogas etc. Os Exus encaminham esses espíritos a um guardião-chefe onde passam por uma triagem e após se redimirem de seus erros, são batizados e preparados para cumprir sua missão, juntamente com o Exu que  lhes resgatou. Esses Exus no cumprimento das suas missões, evoluem; são coroados e recebem por méritos de seu sacrifício, a condição de progrediram como elementos da linha positiva. É comum ouvir dizer que sem Exu não se nada. Isso se dá pelo fato destas entidades estarem a frente dos combates espirituais prestando defesa e proteção, e não porque são vingadores, ou forças do mal, como a maior parte das lendas nos leva a pensar. Entretanto, cabe lembrar, que o estágio evolutivo de Exu é inferior ao dos caboclos, preto-velhos etc.. o que também não significa que não sejam evoluídos apenas encontram-se num estágio abaixo. Sua força de incorporação está ou similar à vibração da Terra exigindo dos  médiuns uma concentração diferenciada  da que possam sentir ao incorporarem um caboclo, fato é que quanto mais evoluído for a entidade a ser incorporada,mais sutil sera a incorporação e a energia sentida. Há também de se lembrar que quando um médium incorpora um Exu ou Pomo-gira, ele está ativando seu chackras inferiores, e se este médium for despreparado ou tiver conduta questionável, poderá interferir na incorporação; ele dará vasão aos seus sentimentos menores, transferindo pra o Exu o seu tipo de comportamento e neste caso não há duvidas! O médium está  mistificando um ato sagrado da espiritualidade. Outo aspecto a ressaltar é que esse estágio espiritual onde se encontra  Exu em nada o impede de trabalhar harmoniosamente com as entidades mais evoluídas, até porque a questão hierárquica no Plano Astral é sublimada; lá  não existem  disputas pelo poder, pois, todos estão conscientes de suas tarefas e de suas tarefas de seus graus. Bom agora que já transcorremos de forma esclarecedora sobre o tema, conheça sobre alguns guardiões e suas falanges.
                                                    

                                       CORRENTES DOS EXUS E POMBO-GIRAS

Tranca Ruas   -   Falange das Almas
Tiriri              -    Falange das encruzilhadas das Matas
Sete Encruzilhadas -  Falange das Encruzilhadas
Meia Noite    -    Falange dos Cruzeiros
Maria Padilha  -   Falange das Alma
Sete Saias   -    Falange das Encruzilhadas
Maria Mulambo   -   Falange da Lira














domingo, 1 de fevereiro de 2015

Oxóssi o Grande Caçador


Senhor das matas, das úmidas florestas, é o maior entre todos os caçadores, provedor de sua gente e Orisá da fartura e da alimentação. com Ogum, aprendeu a arte da caça e com empenho e destreza tornou-se o ícone da perfeição o caçador de uma unica flecha, que jamais erra seu alvo. Odé significa "caçador", é o titulo de Oxóssi por excelência, mas o nome com o qual este Orixá conhecido no Brasil revela todo seu poder numa das mais belas histórias que a Africa nos legou. Quando o reino de Ifé preparava -se para festa dos inhames novos, Odudua, o grande rei, vestiu-se com pompa ao lado de sua corte e foi festejar  com o povo. Tudo estava bem até que as Iyami , dona dos pássaros da noite, mandaram uma ave gigantesca, de péssimo agouro, para aterrorizar a cidade, trazendo serias consequências a mesma. O pássaro assustador pousou no topo do palácio ai começou desespero, tragedias ocorreram em Ifé, foi quando chamaram, para destruir o pássaro o caçador de 20 fechas  Oxó Togum que não conseguiu acertar o enorme pássaro, Então chamaram o caçador de 40 flechas Oxó Togi que não teve exito, chamaram outro caçador Oxó Todotá este com 50 flechas mas também fracassou o rei apavorado mandou que chamassem Oxó Tocanxoxô caçador de 1 flecha. Oxó Tocanxoxô era filho único sua mãe sabendo que seu filho corria risco de vida consultou um babalaô que disse seu filho está a um passo da morte ou da riqueza faça uma oferenda e a morte vai se transformar em riqueza. Ela foi a uma estrada e ofereceu uma galinha com o peito aberto às Iyami e ela repetiu três vezes; que o peito do pássaro receba essa oferenda, e no momento que o peito do pássaro se abriu pra receber a oferenda, recebeu a flechada, certeira do caçador e o pássaro morreu.
O povo feliz, começou a gritar Oxó Ussi que significa o "guardião do povo", e dessa expressão derivou o nome de Oxóssi. Garantir alimentação  ao seu povo é a grande virtude desse Orisá Oxóssi protege o caçador e a caça pois os dois pertence ao mesmo espaço. A preservação das matas e das florestas, e da natureza é sua missão, ele também é rei e o senhor de Kêtu. Orisá referenciado em todos terreiros desta nação Oxóssi é também um orisá avesso a morte ele é a expressão da própria vida, para ele não importa o quanto se viva desde que se viva intensamente,para contar com a proteção de Oxóssi pode envocá-lo com o seguinte oriqui: Orisá quando fecha não abre caminho, caçador que come cabeça de bicho, caçador que come coco e milho. Mora em casa de barro, mora em casa de folha, Orisá da pele fresca, quando entra na mata, o mato se agita. Ofá- o seu fuzil,uma fecha contra o fogo, e o fogo apagou. Uma flecha contra o sol, e o sol sumiu..-Okê ARÔ!!! Oxóssi é uma longa estrada, que termina numa grande mata, representa a continuidade o desenvolvimento da natureza. Oxóssi é a busca incessante do homem, mas o homem se perde no tempo, enquanto Oxóssi continua na construção da civilização.

Ogum o Desbravador


Entre os orisá da floresta, Ogum é o pioneiro; o primeiro e maior entre todos os caçadores, o Orisá que que abril as picadas na mata e conduziu a humanidade à civilização e ao progresso. Contudo, ao descobrir os prazeres da guerra e da conquista, Ogum percebeu sua grande vocação e utilizou sua arte, a de ferreiro, para produzir suas armas que garantiriam a vida e o sustento dos seres humanos. Com suas habilidades de ferreiro,  Ogum não criou apenas espadas e lanças, fez também arados, enxadas, pás e outros instrumentos indispensáveis para o plantio. Portanto, a grande guerra de Ogum é pela sobrevivência e suas "armas"não visam à destruição, pelo contrario, são utensílios que constroem, seja as leiras do campos campos cultiváveis, auxiliando nas plantações, seja o progresso, representado pelas estradas e pela tecnologia. Ogum é o Orisá que insiste onde todos já desistiram, por seu nome tornou-se sinônimo de guerra e vitória. Na Africa, Ogum reinou na cidade de Irê, expandiu seu território por diversas cidades vizinhas. Ogum chegou a ser regente de Ifé quando Odudua, seu pai, esteva impossibilitado. Não existe na Africa negra cidade que não se curve diante de Ogum, seja por seu poderio militar, seja por sua benevolência e senso de justiça, que nuca permitiu que seu povo sucumbisse à fome. Ogum é o orisá mais cultuado e mais amado em toda Africa. Nas terras de Irê, Ogum era o senhor absoluto. Em sua honra, em determinadas ocasiões, os moradores faziam voto de silêncio, não diziam nenhuma palavra e jejuavam o dia todo. E foi em uns desses dias que Ogum chegou em sua aldeia. Ninguém atendeu os seus pedidos nem respondeu suas perguntas. Ele se irritou e passou a quebrar tudo que achou pela frente, e logo reverteu sua ira contra as pessoas, muitas cabeças rolaram até que seu filho trouxe suas oferendas preferidas e explicou que em sua honra nenhum habitante da cidade deveria falar naquele dia. Então, Ogum lamentou sua violência desenfreada e declarou que já havia vivido bastante. Baixou a ponta de espada ao chão e desapareceu no interior da terra entre ruídos ensurdecedores, e disse algumas palavras que,  repetidas no decorrer de una batalha, o trazem de volta em socorro de quem o evocou, mas se não encontrar inimigo é contra o imprudente que se voltará. Um de seus oriquis pode ser proferido para atrair sua força e dar coragem para enfrentar qualquer batalha, principalmente as batalhas do dia-dia. "Oriqui" - Ogum, tendo água em casa, lava-se com sangue. Os prazeres de Ogum são os combates e as lutas. Ogum come cachorro e bebe vinho de palma, Ogum o violento guerreiro, homem louco com músculos de aço. o terrível deus que se morde a si próprio sem piedade. Ogum que come vermes sem vomitar Ogum que corta qualquer um em pedaços mais ou menos grandes. Ogum que usa um capacete coberto de sangue. Ogum, tu és o medo na floresta e o temor dos caçadores. Ele mata o marido no fogo e a mulher no fogareiro, mata o ladrão e o proprietário da coisa roubada. Mata o proprietário da coisa roubada e quem critica está ação, mata aquele que vende um saco de palha e aquele que compra. OGUNHÊ!!!  Em todos os cantos da Africa negra, Ogum é conhecido, pois soube conquistar cada espaço daquele continente com sua bravura. Matou muita gente, mas matou também a fome de muitas pessoas, por isso antes de ser temido, Ogum é amado.